#CEContraOGolpe: Quem defende democracia e justiça vai às ruas dia 18
Mobilizações desta sexta-feira (18/3) vão reafirmar liberdade, condenar o golpe e pedir mais igualdade. Em Fortaleza, concentração para a caminhada no Centro será na Praça da Bandeira, às 15 horas
Publicado: 14 Março, 2016 - 16h25
Escrito por: CUT Nacional (*)

A principal tarefa dos movimentos sociais e sindicais e de todos os democratas brasileiros é organizar uma grande mobilização no próximo dia 18 de março, em diferentes cidades do Brasil. O ato nacional é contra o golpe jurídico-midiático em curso, em defesa da democracia e do presidente Lula e por mudanças na política econômica que deem novo impulso ao governo Dilma. Em Fortaleza, serão realizados ato e caminhada pelas ruas do Centro, tendo início com a concentração na Praça da Bandeira, a partir das 15 horas.
“A CUT-CE se mantém forte e aguerrida na defesa de seus princípios e da democracia. Continuamos irmanados com os movimentos sociais e sindicais, de onde emergiu uma nova consciência política, e vamos todos às ruas nesta sexta-feira”, afirma Wil Pereira, presidente da Central Estadual – que integra a Frente Brasil Popular (FBP), movimento que está à frente das mobilizações para os atos do dia 18.
Na avaliação do presidente nacional do PT, Rui Falcão, presente a encontro realizado na noite de domingo no diretório estadual do partido em São Paulo, as manifestações de domingo revelaram vários sinais de que há um golpe em preparação que pretende atacar não só o PT e a entidades com ele identificadas, mas o próprio Estado de Direito e, consequentemente, as garantias individuais.
A presença de Lula é aguardada na manifestação de São Paulo, que está marcada para as 16 horas, no vão livre do MASP. Lula é considerado pela militância como símbolo maior da possibilidade de ascensão social dos mais pobres, já que o governo dele tirou 40 milhões da miséria e ampliou o acesso ao ensino, à saúde e possibilitou a construção de políticas públicas que buscam igualdade para mulheres, negros, LGBTs e outras parcelas da sociedade tradicionalmente alijadas dos resultados econômicos. “É esse projeto que querem destruir”, costuma afirmar o presidente nacional da CUT, Vagner Freitas.
Justiça em risco
“Não há mais habeas corpus, promotores se sentem no direito de prender sem provas, testemunhas são pressionadas a fazer delação, o que é uma forma de tortura psicológica, o que torna o momento atual, em parte, uma repetição do que ocorria em 1964”, disse, em referência ao golpe militar que derrubou Jango e instalou uma ditadura de 21 anos. “Por isso, temos de mobilizar todas as nossas energias e nossos militantes para realizarmos um grande ato no dia 18”, conclamou.
Para o presidente do PT de São Paulo, Emídio de Souza, a vaia a políticos de outros partidos, registradas no último domingo (13/3) em São Paulo, não devem ser motivo de comemoração. “Isso demonstra que setores que defendem o fim da política estão tendo grande influência nessas manifestações”.
Tribunas livres e plenárias
Durante toda esta segunda-feira (14/3), plenárias e encontros estão sendo realizados em diretórios partidários, sedes de sindicatos, entidades do movimento social e praças públicas para organizar as participações no próximo dia 18. Os atos estão sendo convocados pela Frente Brasil Popular. Em Fortaleza, a FBP segue com seu vasto calendário de atividades contra o golpe e em defesa da democracia. Neste dia 14, está realizando tribunas livres em espaços públicos do Centro de Fortaleza. Praça do Ferreira e Praça José de Alencar estão entre eles.
Violência fascista
Gilmar Mauro, coordenador do MST e um dos presentes ao encontro do domingo (13/3) no diretório estadual do PT, lembrou que a defesa da militância deve ser uma das principais preocupações dos organizadores. Ele citou os atos de violência e vandalismo contra a sede da UNE, do PCdoB, da subsede da CUT Campinas e a invasão policial armada à assembleia realizada na última sexta-feira, na subsede Diadema do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, como sinais da escalada fascista.
(*) Com informações da CUT Ceará
(**) Além do Ceará, para conferir os atos já confirmados em todo o Brasil, acesse o site da CUT Nacional